domingo, 17 de maio de 2009

NATIVOS VS IMIGRANTES DIGITAIS_REFLEXÃO

Questões colocadas para debate:

- Sendo a nova forma de aprender do estudante digital centrada nos "seus critérios e apenas sobre os seus interesses", (tal como foram referindo), que implicações terá esta caracterítica na educação dos mesmos?
- Relanço, também, uma questão apresentada por um dos grupos "Estará o novo estudante digital mais preparado para o futuro do que o imigrante digital?" (Grupo Verde) O que pensam acerca desta questão?


Depois de analisar com toda a atenção todos os trabalhos apresentados (e felicito desde já os grupos, pois os trabalhos respondem plenamente ao pretendido) e de ter pensado seriamente nesta questão, também eu fiquei com sérias dúvidas desta separação entre nativos e imigrantes digitais. A minha experiência com crianças, nas faixas etárias dos 10 aos 15 (+/-), deixa-me bastante relutante na criação de uma fronteira tão marcada entre nativos e imigrantes. É um facto que as crianças têm uma predisposição natural para as novas tecnologias e uma facilidade quase inata em manuseá-las, mas nem sempre o fazem correctamente e quando confrontados com uma nova aplicação, se sugerida por um adulto (professor ou pais), têm (alguma) tendência a rejeitá-la... Sinto, por vezes, que quando utilizamos recursos TIC, em ambiente de sala de aula, somos encarados como imigrantes mas que essa ideia também se desvanece rapidamente quando percebem que afinal o professor até percebe disto e que os conhecimentos tecnológicos não são exclusivos dos jovens. Nesse momento passamos a ter alguma credibilidade mas a ideia de que eles é que dominam, mesmo estando muito longe da realidade, permanece e criam-se, por vezes, barreiras na aprendizagem.
Quanto aos interesses e critérios dos jovens esse é realmente um problema social e que a escola, muito rapidamente, tem de arranjar estratégias para o superar. As escolas necessitam de acompanhar de uma forma séria as mudanças e as evoluções tecnológicas, indo ao encontro destes novos interesses e também utilizar métodos mais dinâmicos, de incutir os "nossos" interesses e "criar" nos alunos esses mesmos interesses, que é esse um dos nossos papeis, enquanto educadores. Os alunos podem possuir algumas capacidades tecnológicas mas continuam a necessitar de orientação de forma a retirarem o melhor partido das aplicações.
A maior parte dos meus alunos sabem utilizar o messenger, criar uma página pessoal no Hi5, "sacar" músicas e imagens, fazer pesquisas (mas nem se dão ao trabalho de colocar o texto em Português de Portugal...), chegar e jogar aos jogos da "moda" e manusear o telemóvel mas não sabem criar um blog, nem que podem editar textos nas wikis ou que para processarem um texto não necessitam do word, caso tenham ligação à internet, etc.
Acho que de certo modo, já respondi à segunda questão levantada pela Professora... Tenho sérias dúvidas que o "nosso" estudante esteja mais preparado para o futuro. Mas bem encaminhado ele chega lá.

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